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Estrabismo em crianças: quando a cirurgia é necessária?
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
04/11/2024
3 min. de leitura

O estrabismo é um problema ocular normalmente diagnosticado na infância. Embora às vezes a cirurgia seja necessária, métodos não cirúrgicos também podem funcionar.

Sabemos como é difícil tomar a decisão de submeter uma criança a qualquer procedimento importante. Por isso, antes de optar pela cirurgia de estrabismo infantil, precisamos ter certeza da necessidade da mesma.

Para te auxiliar, preparamos este texto para que você entenda melhor o que é o estrabismo, como a condição afeta as crianças e quais são os métodos não invasivos que podem ser tentados.

O que é estrabismo?

O estrabismo é o desalinhamento dos eixos visuais, fazendo com que os olhos apontem em direções diferentes. Eles podem se desviar para dentro, para fora, para cima ou para baixo. Pode ser um desvio aparente quando ambos os olhos estão abertos ou um desvio latente que só aparece ao cobrir um dos olhos.

Como o estrabismo afeta as crianças?

Cerca de 50% das crianças com estrabismo desenvolvem ambliopia, o que acontece porque o cérebro começa a suprimir a imagem do olho desviado para evitar a confusão visual e a visão dupla. Ele também pode levar ao torcicolo, já que a criança inclina a cabeça para tentar corrigir o desalinhamento e melhorar a fusão das imagens.

Se o estrabismo não for tratado precocemente, a perda de visão pode ser permanente. Além disso, a condição pode interferir no desenvolvimento da visão binocular, que é essencial para a percepção de profundidade. O prognóstico visual geralmente é melhor antes dos oito anos de idade, já que o sistema visual responde menos ao tratamento depois dessa fase.

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Tratamentos para o estrabismo infantil

Acompanhe a seguir os principais métodos não cirúrgicos, além de entender os casos em que a cirurgia de estrabismo infantil é necessária.

Métodos não cirúrgicos

Os métodos que são alternativas à cirurgia de estrabismo infantil são:

  • Correção da ambliopia: uso de tampões ou colírios de atropina no olho saudável para forçar o uso do olho afetado;
  • Óculos ou lentes de contato: indicados quando há erros de refração, especialmente em casos de esotropia acomodativa;
  • Exercícios ortópticos: recomendados para exotropia intermitente e insuficiência de convergência;
  • Photoscreeners e rastreamento visual: para identificação precoce de crianças em risco.

Quando a cirurgia é necessária?

A cirurgia de estrabismo infantil é indicada quando os métodos conservadores não conseguem alinhar os olhos. Além disso, é considerada a gravidade do estrabismo e os riscos à qualidade de vida da criança.

Preparação e realização da cirurgia

A preparação para a cirurgia de estrabismo infantil conta com etapas importantes a serem seguidas para garantir êxito nos resultados. Para que você já saiba o que esperar, resumimos esse processo a seguir.

Avaliação pré-operatória

A preparação para a cirurgia de estrabismo infantil começa com uma avaliação oftalmológica completa, que inclui o exame da acuidade visual para verificar a função dos olhos e o teste de reflexo corneano para observar a simetria da luz refletida em cada olho. O exame com tampão é realizado para observar o movimento dos olhos quando um é coberto, e o teste de prismas é utilizado para medir o grau de desalinhamento dos eixos visuais.

Um exame neurológico é feito para avaliar a função dos pares cranianos e identificar qualquer anomalia neurológica que possa afetar os músculos oculares. Além disso, antes da cirurgia de estrabismo infantil, a história clínica e familiar da criança é revisada, bem como detalhes sobre o início e a frequência do problema.

Exames complementares, como o exame fundoscópico, são feitos para detectar possíveis defeitos estruturais ou patologias oculares. Em casos em que se suspeita de causas neurológicas, a neuroimagem ajuda a investigar condições como paralisia do par craniano.

A avaliação da maturidade visual da criança também é importante. A cirurgia de estrabismo infantil é geralmente considerada quando a criança demonstra boa alternância de fixação, indicando que a visão está igualada nos dois olhos. Normalmente, a cirurgia é considerada a partir dos sete meses para desvios convergentes bilaterais e a partir dos quatro anos para outros tipos de desvios.

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Fonte:

Manual MSD