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Cirurgia de vias lacrimais
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

Técnica cirúrgica é recomendada quando as vias lacrimais ficam obstruídas, provocando sintomas desagradáveis

O ducto lacrimal é uma estrutura anatômica que faz parte do sistema lacrimal e tem a função de drenar as lágrimas produzidas pelo olho para a cavidade nasal. O sistema lacrimal é responsável por manter a superfície do olho úmida e lubrificada, bem como proteger o olho contra lesões e infecções.

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Como funcionam as vias lacrimais?

As lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais, que se localizam na parte superior e lateral do olho. Estas são responsáveis pela produção frequente de uma quantidade pequena de lágrimas que são distribuídas pela superfície do olho quando piscamos.

Essas lágrimas contêm água, sais minerais, proteínas e outras substâncias que ajudam a manter o olho úmido e saudável. Quando o órgão é irritado por substâncias estranhas, como poeira ou fumaça, ou ativado por emoções, como tristeza ou alegria intensa, as glândulas lacrimais podem produzir uma quantidade maior de lágrimas para limpar o olho e eliminar as substâncias irritantes.

Essas lágrimas são distribuídas pela superfície do olho e, eventualmente, drenadas pelo ducto lacrimal para a cavidade nasal. O ducto lacrimal é formado por um canal que se inicia no canto interno do olho, superior e inferiormente, e se estende até a cavidade nasal. Quando as lágrimas são produzidas em excesso ou quando o ducto lacrimal está obstruído, as lágrimas podem transbordar e escorrer pelo rosto.

Em casos mais graves de obstrução do ducto lacrimal, pode ser necessário realizar um procedimento para desobstruir o canal e restaurar o fluxo normal de lágrimas. Essa técnica cirúrgica é chamada de cirurgia de vias lacrimais.

Sintomas de obstrução das vias lacrimais

Quando as vias lacrimais estão bloqueadas, as lágrimas não conseguem ser drenadas adequadamente, o que pode causar sintomas como:

  • Lacrimejamento ocular;
  • Sensação de areia ou de corpo estranho nos olhos;
  • Vermelhidão e irritação dos olhos;
  • Inchaço ao redor dos olhos;
  • Infecções oculares recorrentes, como conjuntivite;
  • Visão embaçada.

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Os sintomas podem ser mais intensos quando a pessoa chora, fica em ambientes com ar-condicionado ou vento forte, ou quando está com alergias ou resfriados. É importante procurar um oftalmologista se apresentar esses sintomas, para que ele avalie se há obstrução das vias lacrimais e indique o melhor tratamento para o caso. Em alguns casos, a obstrução pode ser tratada com medicamentos ou massagens na região do saco lacrimal, enquanto em outros pode ser necessária a realização da cirurgia de vias lacrimais para a correta resolução do problema.

Tipos de obstrução das vias lacrimais

A obstrução das vias lacrimais pode ser congênita ou adquirida. As principais características da obstrução congênita das vias lacrimais são:

  • Presente em 5% dos recém-nascidos;
  • Pode ser uni ou bilateral;
  • Associada a doenças como Síndrome de Down e alterações craniofaciais;
  • Geralmente relacionada a não abertura da válvula no final do ducto lacrimal (válvula de Hasner) ao nascimento;
  • Melhora espontânea próximo a 1 ano de vida em, aproximadamente, 90% dos casos, devido a abertura da válvula de Hasner.

Já sobre a obstrução das vias lacrimais adquirida, podemos destacar:

  • Pode ser idiopática (sem causa conhecida), mais comum em mulheres acima dos 40 anos, devido a variação hormonal;
  • Outras causas: trauma com laceração dos canalículos, inflamação crônica da conjuntiva e córnea, tumores, uso de alguns colírios, falha na bomba lacrimal, radioterapia, quimioterapia sistêmica, queimaduras
  • Também pode estar relacionada a doenças locais ou sistêmicas, como: desvio de septo, hipertrofia de cornetos, rinite crônica, mucocele intranasal, sarcoidose, tracoma, granulomatose de Wegener e leishmaniose.

Quando fazer a cirurgia de vias lacrimais?

A cirurgia de vias lacrimais pode ser necessária em casos de obstrução crônica e persistente das vias, que não melhoram com tratamentos conservadores, como massagem no saco lacrimal e uso de colírios e de antibióticos. A técnica cirúrgica pode ser recomendada nos seguintes casos:

  • Infecções oculares recorrentes causadas pela obstrução das vias lacrimais;
  • Acúmulo crônico de lágrimas, que pode causar irritação e inflamação dos olhos e da pele ao redor dos olhos;
  • Inchaço e dor na região do saco lacrimal;
  • Episódios frequentes de dacriocistite, que é a inflamação do saco lacrimal.

A cirurgia de vias lacrimais pode ser realizada com diferentes técnicas, dependendo da causa e da extensão da obstrução. Alguns procedimentos são mais simples e podem ser feitos com anestesia local, como a sondagem das vias lacrimais, que consiste em introduzir uma sonda fina nos canais lacrimais para desobstruí-los.

Já outros procedimentos podem ser mais complexos e necessitar de anestesia geral, como a dacriocistorrinostomia, que é uma cirurgia para realizar a abertura de um novo canal entre o saco lacrimal e a cavidade nasal.

Como é feita a cirurgia de vias lacrimais?

Existem diferentes técnicas cirúrgicas para a correção de obstruções nas vias lacrimais, sendo que a escolha do procedimento mais adequado depende do tipo e da extensão da obstrução.

A cirurgia de vias lacrimais mais comumente realizada é a chamada sondagem das vias lacrimais, que consiste na introdução de uma sonda fina nos canais lacrimais para desobstruí-los. O procedimento é feito com anestesia local e pode ser repetido se necessário.

Também é possível que o médico recomende a dacriocistorrinostomia (DCR), como já mencionado, que é a abertura de um novo canal entre o saco lacrimal e a cavidade nasal, criando uma nova rota para o escoamento das lágrimas. Ela pode ser feita com anestesia geral ou local, e envolve a remoção de uma pequena porção de osso e tecido da área ao redor do saco lacrimal.

Por fim, ainda existe a intubação das vias lacrimais, que nada mais é do que a colocação de um tubo, ou stent, nas vias lacrimais para manter a abertura do canal lacrimal. Pode ser feita com anestesia local ou geral, e o tubo é mantido por dentro das vias lacrimais por alguns dias.

Em geral, a cirurgia de vias lacrimais é um procedimento seguro e eficaz, com baixo risco de complicações. No entanto, é importante seguir todas as orientações do oftalmologista antes e depois da cirurgia, para garantir o sucesso do procedimento e a recuperação adequada.

Para maiores informações sobre a cirurgia de vias lacrimais, entre em contato agora mesmo com a equipe do CEMO e agende a sua consulta com a nossa equipe de especialistas.

 

Fonte:

Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular

Conselho Brasileiro de Oftalmologia

Academia Americana de Oftalmologia

O CEMO Osasco é uma clinica localizada no centro de Osasco, em São Paulo. Realizamos consultas e tratamentos de oftalmologia para todas as idades