Procedimento corrige, por meio de lasers, o formato da córnea, melhorando o grau de erros refrativos como a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia
Os erros refrativos são distúrbios visuais muito frequentes que afetam o dia a dia de milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Por isso, não é incomum vermos pessoas falando sobre as dificuldades para enxergar nitidamente, usando óculos, relatando os cuidados com suas lentes de contato ou mesmo descrevendo os sintomas que esses problemas causam, como dor de cabeça, fotofobia e vista cansada.
Apesar da possibilidade de correção com o uso de lentes, existe um método que pode diminuir consideravelmente o grau desses distúrbios: a cirurgia refrativa. Nesse procedimento, é corrigido o formato da córnea para ajustar a forma com que a luz refrata (isto é, se desvia) dentro do olho.
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Qual é a indicação da cirurgia?
Como mencionado, a cirurgia refrativa é um procedimento indicado a pessoas com os distúrbios chamados erros refrativos. Os mais comuns são:
- Astigmatismo: causado por uma diferença no formato da córnea, que distorce a imagem que se projeta na retina. Por isso, é comum que a pessoa tenha uma visão borrada ou distorcida.
- Hipermetropia: ocorre por alterações na córnea ou quando o globo ocular é mais curto que o normal. Isso faz com que a imagem se forme depois da retina, causando dificuldade de enxergar de perto. Além disso, a hipermetropia pode ocorrer em comorbidade com o astigmatismo.
- Miopia: ocorre quando o globo ocular é mais longo que o normal, fazendo com que a imagem se forme antes da retina. Assim, a pessoa tem dificuldade de enxergar de longe. A miopia também pode ocorrer em comorbidade com o astigmatismo.
No entanto, nem todas as pessoas com essas condições podem fazer a cirurgia refrativa, já que o paciente precisa se encaixar em alguns critérios para a indicação do procedimento, tais como:
- Ter mais de 18 anos (em alguns casos, pode ser recomendado esperar até os 20 ou 21 anos);
- Estar com o grau estabilizado há, pelo menos, um ano;
- Não estar grávida;
- Ter espessura corneana normal;
- Ter uma boa saúde ocular geral, sem doenças concomitantes que podem necessitar de tratamento específico, como catarata, glaucoma e ceratocone.
Como a cirurgia funciona?
A finalidade da cirurgia refrativa é a correção do formato da córnea para que a luz incida sobre a retina corretamente. Esse procedimento é feito com o auxílio de feixes de laser, que podem ser aplicados de três formas diferentes:
- PRK (photorefractive keratectomy, ou ceratectomia fotorrefrativa): o laser é aplicado após a remoção da membrana superficial da córnea (epitélio corneano);
- LASIK (laser-assisted in situ keratomileusis, ou ceratomileuse local assistida por laser): a aplicação do laser ocorre no estroma corneano após a criação de um flap corneano, que é rebatido para aplicação do laser, e depois reposicionado;
- SMILE (small incision lenticule extraction, ou extração lenticular com pequena incisão): nessa técnica, é utilizado um laser de femtossegundo, que cria uma lentícula que será extraída da córnea, provocando seu remodelamento e consequentemente a correção do grau.
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Em todas as técnicas, a cirurgia refrativa costuma levar cerca de 10 minutos em cada olho. Por ser relativamente simples, o procedimento pode ser feito em ambiente ambulatorial ou hospitalar, com anestesia local realizada por meio de um colírio. Apesar de o paciente precisar levar um acompanhante, não há necessidade de internação antes ou depois do procedimento.
Como é a recuperação da cirurgia?
A recuperação da cirurgia refrativa costuma ser rápida e tranquila, mas existem algumas diferenças dependendo da técnica utilizada. Nas cirurgias realizadas com o método PRK, o paciente pode sentir dor e desconforto nos primeiros dias após o procedimento e deve retornar ao trabalho somente após 5 dias.
Já nas cirurgias refrativas realizadas com as técnicas LASIK e SMILE, a recuperação é mais rápida: o paciente pode retornar às atividades no dia seguinte à operação. O desconforto pós-cirúrgico nesses casos também é menor e costuma passar no mesmo dia.
No entanto, independentemente da técnica, é recomendado que os pacientes que realizaram a cirurgia refrativa se afastem de atividades físicas de impacto por 30 dias. Da mesma forma, deve-se proteger os olhos dos raios solares — evitando a exposição ou usando óculos de sol — e evitar o uso de maquiagem próximo aos olhos.
Riscos e complicações
A cirurgia refrativa é, de modo geral, um procedimento bastante seguro e eficaz no tratamento dos erros refrativos. No entanto, como todo tratamento invasivo, possui alguns riscos e complicações que, ainda que mínimos, devem ser considerados, tais como:
- Olhos secos;
- Hipocorreção (menor que a desejada);
- Infecções;
- Alterações visuais, como visão dupla ou embaçada;
- Alterações na transparência da córnea;
- Dor ou desconforto por mais de 48 horas.
Como mencionado, essas complicações são raras e costumam ocorrer em pacientes com outros problemas oculares, como catarata e glaucoma. Inclusive, esse é um dos motivos que contraindicam a cirurgia refrativa a esses pacientes, na maioria dos casos.
Resultados da cirurgia
O paciente que realiza a cirurgia refrativa costuma ficar com um grau residual menor que 0,5 — o suficiente para que não haja necessidade de uso de óculos ou lentes de contato. — Em alguns casos, entretanto, ainda pode ser necessário o uso de óculos em algumas situações, como para dirigir e ler. Cada caso, portanto, deve ser avaliado de forma individual.
Além disso, é esperado que o grau não aumente com o passar dos anos, ainda que algumas pessoas possam desenvolver algum grau de presbiopia (vista cansada). De qualquer maneira, é importante manter as consultas com o oftalmologista com regularidade, para que seja possível avaliar não somente a presença de erros refrativos como outras doenças oculares.
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Fontes: