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Gonioscopia
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
5 min. de leitura

A gonioscopia é um dos exames mais importantes para o acompanhamento e a prevenção do desenvolvimento de glaucoma e de outras condições oculares.

A saúde ocular, no geral, normalmente não recebe a devida importância no Brasil. No país, segundo pesquisa do Datafolha, 24% das pessoas não realizam consultas oftalmológicas regulares. Isso resulta no aumento de casos de doenças oculares evitáveis. Muitas delas são progressivas e, pior ainda, silenciosas, podendo acarretar danos irreversíveis se não diagnosticadas precocemente.

Dados do IBGE também revelam que 35 milhões de brasileiros têm algum problema ocular, e cerca de 600 mil são cegos. Em 80% dos casos, a perda de visão poderia ter sido prevenida. Um erro comum é só realizar exames oculares em casos de problemas aparentes, já que o sistema óptico, muitas vezes, consegue compensar falhas em um dos olhos, o que mascara a real condição dos olhos.

Neste material, vamos falar tudo sobre a gonioscopia, exame importantíssimo para o diagnóstico e o acompanhamento de glaucoma, condição em que há o aumento da pressão intraocular. Então, continue conosco!

O que é gonioscopia?

É um exame ocular feito para avaliar a anatomia e a estrutura do ângulo da câmara anterior do olho, que é primordial para o fluxo do líquido intraocular. Ele é realizado com uma lente especial chamada goniolente, permitindo ao oftalmologista visualizar diretamente essa área e examinar estruturas complexas do olho, como a malha trabecular, o processo ciliar e a esclera subjacente.

A gonioscopia é essencial para diagnosticar e monitorar condições oculares, principalmente o glaucoma, que pode acontecer quando o ângulo está anormalmente fechado ou bloqueado. Além disso, o exame ajuda a classificar o tipo de glaucoma (ângulo aberto ou fechado) e dá informações-chave que definem a escolha do tratamento.

Para que serve a gonioscopia?

Ela serve para avaliar o ângulo de drenagem do olho e diagnosticar diversas condições oculares, como:

  • Glaucoma: é a principal condição detectada pelo exame, que é diagnosticada quando os resultados mostram um ângulo anormalmente fechado ou bloqueado.
  • Oclusão do ângulo: identifica situações em que o ângulo de drenagem está obstruído, o que pode aumentar a pressão intraocular.
  • Síndrome de dispersão pigmentar: detecta essa condição, que pode afetar a drenagem do líquido intraocular e aumentar o risco de glaucoma.
  • Malformações do ângulo: avalia anomalias anatômicas que podem interferir na drenagem do líquido intraocular.
  • Traumas oculares: pode identificar danos resultantes de lesões nos olhos.
  • Tumores na íris: ajuda a diagnosticar a presença de neoplasias na região da íris.
  • Câncer nos olhos: utilizada para detectar câncer ocular em estágios iniciais.
  • Pós-operatório de cirurgias intraoculares: avalia a saúde ocular após intervenções cirúrgicas, para garantir que não haja complicações.

Como é realizado o exame?

Caso tenha uma gonioscopia marcada, não entre em pânico: o exame é todo feito de forma que o conforto total do paciente seja garantido. Acompanhe agora como ele acontece, passo a passo.

Primeiramente, o paciente recebe uma aplicação de colírio anestésico nos olhos, o que ajuda a evitar qualquer desconforto durante o procedimento.

Em seguida, ele deve posicionar o queixo e a testa na lâmpada de fenda, um equipamento que serve para dar iluminação e visualização adequadas para uma avaliação com mais detalhes.

Depois, o oftalmologista usa uma lente especial chamada goniolente, que toca suavemente a superfície do olho. Em alguns casos, o médico pode aplicar uma leve pressão adicional na lente para conseguir informações mais detalhadas, especialmente em olhos com risco de glaucoma de ângulo fechado.

Durante o exame, um feixe de luz se move, examinando toda a circunferência do ângulo da câmara anterior do olho e permitindo que o médico observe estruturas importantes para a drenagem do líquido intraocular.

O exame é rápido, geralmente durando cerca de cinco minutos. Após a gonioscopia, a visão pode ficar temporariamente embaçada por conta do colírio anestésico, por isso o paciente deve levar um acompanhante para ajudá-lo na saída.

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Por que realizar a gonioscopia?

Em primeiro lugar, porque é fundamental para diagnosticar condições além do glaucoma, como já vimos. Ela traz uma avaliação completa da conformação anatômica do ângulo da câmara anterior do olho, identificando alterações bastante específicas.

Em segundo lugar, é importante para pacientes que já possuem diagnóstico ou suspeita de glaucoma. A gonioscopia monitora a evolução da doença e garante que os tratamentos estejam correndo bem. Além disso, também é necessária para o acompanhamento pós-operatório de cirurgias intraoculares.

Por fim, a gonioscopia permite identificar precocemente alterações no ângulo de drenagem do olho, o que ajuda a prevenir o desenvolvimento de condições graves. Pessoas acima de 40 anos, por exemplo, podem realizar o exame para detectar problemas antes mesmo que eles se tornem perceptíveis.

Perguntas frequentes

Ainda ficou alguma dúvida? Então, confira as respostas para perguntas frequentes sobre a gonioscopia.

A gonioscopia dói?

Não, a gonioscopia é um exame indolor. Para garantir o conforto do paciente, o médico oftalmologista aplica um colírio anestésico antes do procedimento, o que inibe qualquer dor. O máximo que pode acontecer é, durante o exame, o paciente sentir uma leve pressão quando a lente é colocada sobre o olho, mas isso não dói. O procedimento como um todo é rápido e bem tranquilo.

A gonioscopia é perigosa?

Não, a gonioscopia é segura e com pouquíssimos riscos. Depois do exame, o paciente pode sentir um leve desconforto, como visão embaçada temporariamente, por causa do colírio anestésico, ou uma irritação leve, mas não passa disso. E, mesmo assim, esses efeitos são temporários e cessam em pouco tempo. Complicações maiores do que essas são raríssimas.

Com qual frequência se deve realizar o exame?

A gonioscopia deve ser feita dependendo das necessidades de cada paciente. Aqueles com risco elevado de glaucoma ou já diagnosticados com a condição normalmente precisam de uma regularidade maior, conforme orientação médica. Já para pessoas sem condições oculares específicas, o exame não precisa ser feito com tanta frequência.

De qualquer forma, para ter certeza da regularidade exata desse e de outros exames, é essencial consultar um oftalmologista.

Fontes:

Hospital de Olhos de São Paulo;

Clínica CEMO.

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