Condição está relacionada à falta de lubrificação adequada dos olhos
Normalmente, nossos olhos produzem lágrimas para se manter lubrificados. Quando, por alguma razão, essas lágrimas não são produzidas em quantidade suficiente ou evaporam muito rapidamente, pode ocorrer a chamada síndrome do olho seco.
Saiba mais sobre essa condição continuando a leitura abaixo.
O que é a síndrome do olho seco?
A síndrome do olho seco é uma condição comum, que ocorre quando a pessoa não consegue produzir lágrimas suficientes ou quando elas evaporam muito rapidamente, o que resulta em uma lubrificação inadequada para os olhos. Essa situação pode causar sintomas, como queimação, coceira e sensação de areia nos olhos.
A lágrima é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais, composta por água, sais minerais, proteínas e gordura, que tem a função de lubrificar, limpar e proteger os olhos das agressões causadas por substâncias estranhas ou micro-organismos. Sua produção adequada é essencial para a manutenção da saúde ocular.
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O que causa a síndrome do olho seco?
Várias podem ser as razões que levam ao desenvolvimento da síndrome do olho seco:
- Produção inadequada de lágrimas;
- Evaporação excessiva do filme lacrimal;
- Disfunção das glândulas de Meibomius, que são glândulas sebáceas localizadas na região das pálpebras.
Os quadros citados acima podem estar relacionados a alguns fatores, como:
- Alterações hormonais, como as que ocorrem na gravidez ou na menopausa;
- Envelhecimento;
- Doenças autoimunes, como artrite reumatoide ou lúpus, ou crônicas, como diabetes;
- Glândulas palpebrais inflamadas;
- Certos medicamentos, como anti-histamínicos, descongestionantes, terapia de reposição hormonal, antidepressivos e medicamentos para pressão alta, acne e doença de Parkinson;
- Doenças oculares alérgicas;
- Uso excessivo de lentes de contato;
- Cirurgias oculares, como LASIK, cirurgia de catarata e cirurgia na córnea podem aumentar o risco de desenvolvimento da síndrome do olho seco.
Quais os riscos da síndrome do olho seco?
A síndrome do olho seco, quando não tratada adequadamente, pode aumentar os riscos de:
- Infecções oculares: as lágrimas protegem a superfície dos olhos contra infecções;
- Danos à superfície dos olhos: se não forem tratados, os olhos secos podem levar à inflamação ocular, abrasão da superfície da córnea, úlceras da córnea e perda de visão;
- Diminuição da qualidade de vida: muitas atividades cotidianas, como a leitura, podem ser impactadas pela síndrome do olho seco.
A síndrome do olho seco pode causar cegueira?
Os casos de cegueira são raros em quem têm síndrome do olho seco. Apenas quando a doença não é tratada ela pode evoluir para complicações que aumentam o risco de perda da visão.
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Como evitar a síndrome do olho seco?
A síndrome do olho seco pode ser evitada mediante algumas medidas. São elas:
- Evite direcionar secadores de cabelo, aquecedores de carro, condicionadores de ar ou ventiladores para os olhos;
- Mantenha as pálpebras limpas;
- Mantenha a umidade do ar nos períodos mais secos usando um umidificador;
- Use óculos escuros ao sair de casa;
- Faça pausas para os olhos durante tarefas longas. Se você estiver lendo ou fazendo outra tarefa que exija concentração visual, faça pausas periódicas. Feche-os por alguns minutos ou pisque-os repetidamente por alguns segundos para ajudar a espalhar as lágrimas uniformemente sobre os olhos;
- Posicione a tela do computador abaixo do nível dos olhos para que não seja necessário abri-los tanto para enxergar. Isso pode ajudar a retardar a evaporação das lágrimas entre o piscar dos olhos;
- Evite fumar ou ficar perto de quem fuma, pois a fumaça pode piorar os sintomas de olhos secos;
- Use lágrimas artificiais regularmente para manter os olhos bem lubrificados;
- Gerencie condições subjacentes, como diabetes, que podem levar à síndrome do olho seco.
Quando procurar um oftalmologista?
O oftalmologista deve ser consultado quando houver sintomas prolongados de olhos secos, como olhos vermelhos, irritados, cansados ou doloridos. A síndrome do olho seco é uma condição crônica, que não tem cura, mas os tratamentos e o acompanhamento com um oftalmologista podem ajudar a controlar seus sintomas.
Fontes
Mayo Clinic
Biblioteca Virtual em Saúde