Conheça seus tipos, sintomas e possibilidades de tratamento
A retina é uma estrutura interna do olho sensível à luz, sendo o tecido que transforma luz em estímulo nervoso e o envia ao cérebro para que as imagens sejam formadas. Muitas vezes, por causas diversas, os vasos sanguíneos que compõem essa estrutura podem sofrer danos, levando a um quadro chamado retinopatia.
Saiba mais a seguir.
O que é a retinopatia?
Retinopatia é um termo utilizado para definir qualquer patologia vascular, inflamatória ou degenerativa que afeta a retina, parte do olho responsável pela formação das imagens.
Quais as causas?
A retinopatia pode ter diferentes causas, porém, em todos os casos, afeta os vasos sanguíneos que compõem a retina. Algumas das causas relacionadas a essa condição incluem:
- Doenças genéticas;
- Doenças vasculares, como hipertensão;
- Causas metabólicas, como diabetes;
- Doenças inflamatórias, como as autoimunes;
- Doenças infecciosas, como toxoplasmose e rubéola;
- Traumas;
- Doenças degenerativas, como degeneração macular relacionada à idade (DMRI);
- Tumores.
Atente-se as causas da retinopatia. Agende uma consulta!
Tipos de retinopatia
Existem vários tipos de retinopatia, ainda que todos envolvam os pequenos vasos sanguíneos da retina.
Retinopatia diabética
A retinopatia diabética, o tipo mais comum dessa condição, pode ser classificada em proliferativa ou não proliferativa. Sua versão não proliferativa é caracterizada pela deterioração dos vasos sanguíneos da retina. Quando proliferativa, por sua vez, ocorre um crescimento de novos vasos sanguíneos anormais na superfície da retina, causando sangramentos que levam à irritação local e à formação de cicatrizes.
Os sintomas muitas vezes só são percebidos nos estágios mais avançados da doença, e podem incluir:
- Visão turva;
- Perda súbita da visão em um ou ambos os olhos;
- Manchas pretas;
- Luzes intermitentes;
- Dificuldade para ler.
Como tratar?
Nenhuma terapia pode ser necessária quando este tipo de retinopatia é do tipo não proliferativa leve. Caso contrário, o tratamento para retinopatia diabética depende da natureza e da gravidade da doença, e também das preferências do paciente. As opções de tratamento incluem:
- Laserterapia;
- Injeções intravítreas com inibidores de VEGF;
- Remoção total ou parcial do vítreo (vitrectomia);
- Reinserção cirúrgica da retina (quando há descolamento).
Retinopatia hipertensiva
A retinopatia hipertensiva ocorre em pessoas que têm pressão alta, uma vez que essa elevação da pressão causa anormalidades nos vasos sanguíneos, como espessamento das pequenas artérias, bloqueios dos vasos sanguíneos da retina e sangramento. Além disso, pressão alta súbita e grave pode causar inchaço do nervo óptico. Pessoas com essa condição, no entanto, frequentemente não têm sintomas nos estágios iniciais, embora algumas relatem visão turva.
Como tratar?
O tratamento para retinopatia hipertensiva é feito com medicamentos que ajudam a manter a pressão arterial controlada. Porém, caso haja complicações, como descolamento da retina, hemorragia vítrea ou edema macular, os mesmos tratamentos da retinopatia diabética podem ser feitos, de acordo com a prescrição médica.
Retinopatia da prematuridade
A retinopatia da prematuridade é uma condição na qual o crescimento dos vasos sanguíneos da retina é interrompido e reiniciado, porém, de maneira anormal e acelerada, quando o bebê nasce antes do tempo, ou seja, prematuro.
Quando o crescimento desses vasos é retomado, este pode prejudicar a visão do bebê. Nos estágios iniciais, há apenas alterações sutis e nenhum sintoma óbvio nesse tipo de retinopatia. Porém, em fase avançada, podem ocorrer sangramentos na retina, descolamento ou até cegueira.
Como tratar?
Nenhum tratamento é recomendado durante os estágios iniciais e mais leves. No entanto, um acompanhamento atento é essencial. Caso a doença esteja em estágio avançado, o médico pode prescrever a aplicação de injeções intravítreas ou laserterapia (fotocoagulação a laser).
Retinopatia hereditária
As retinopatias hereditárias são um conjunto de distúrbios genéticos que acometem a retina, levando a uma variedade de sintomas visuais que podem variar de leves a graves, a depender do tipo de retinopatia e do avanço do quadro clínico. Essas condições podem ser causadas por variantes genéticas em um ou mais genes relacionados ao funcionamento da retina, podendo causar degeneração celular e perda de visão.
Existem diversas doenças hereditárias que afetam a retina, como a retinose pigmentar, que pode apresentar sintomas como dificuldade para enxergar à noite, ou cegueira noturna, e visão tubular. Distrofias de cones ou doença de Stargardt, outros tipos de retinopatia hereditária, podem causar dificuldade para a visualização de detalhes e perda da visão central. Pessoas com acromatopsia costumam ter dificuldade para diferenciar as cores. Já pessoas com síndrome de Usher podem apresentar, além da perda da visão, perda da audição e comprometimento do equilíbrio. Outros sintomas que podem surgir são fotofobia e nistagmo.
Como tratar?
Até o momento, apenas um tipo de retinopatia hereditária pode ser tratado — aquele associado a mutações no gene RPE65. Nesse caso, o tratamento é feito com terapia gênica.
Onde tratar a retinopatia?
A Clínica CEMO é referência no diagnóstico e tratamento de doenças oculares que afetam a retina. Durante os seus mais de 20 anos de atividade, mais de 100 mil atendimentos já foram realizados. Em seu espaço, a CEMO conta com um corpo clínico pronto para atender desde os casos mais comuns até os de alta complexidade.
Para saber mais sobre essa e outras doenças oculares, agende sua consulta com um especialista.
Fontes: